[NO CASO DE JEREMY DRUMMOND]
Jeremy está em um ônibus. Sentado. Todos os seus amigos e familiares e também todos os seus inimigos estão no ônibus. Jeremy sente tanta raiva por não ter feito nada para impedir a destruição do mundo. Então ele apenas se entrega a essa onda de união. Entretanto...-Ninguém me entende. - Jeremy olha para Kristofer e para Eva que está ao seu lado. Logo, Rodrigo Fabian chega perto dele.
-Você nunca entendeu nada.
-Acho que isso era para ser um mundo sem dor; sem incertezas.
-Isso é porque você achou que todos eram iguais a você.
-Vocês me traíram. Traíram meus sentimentos!
-Você entendeu mal desde o começo. Você acreditava no que queria acreditar.
-Ninguém me quer. - Jeremy põe a mão na cabeça e começa a chorar. - Então todos eles podem morrer.
-Então é isso que você quer?
-Ninguém se importa comigo existindo ou não. Nada mudará, então todos eles podem morrer.
-Então me diga, pra que serve seu coração?
-Seria melhor se eu não existisse também. Eu deveria morrer também.
-Então por que está aqui?
-É bom pra mim estar aqui?
Esse mundo está inundado de tristeza. Essas pessoas estão se afogando num vazio. A solidão enche seus corações. Jeremy terá que tomar sua decisão. Este é o fim de tudo? Jeremy que ainda continua no ônibus com Rodrigo Fabian olha pela janela e vê...
Jeremy olha para Rodrigo.
-O que são sonhos? - Jeremy fica confortável.
-Sonhos? Sim. Sonhos.
-Não entendo a realidade.
-Você não pode construir uma ponte entre sua própria realidade e a realidade dos outros.
-Não sei onde posso encontrar minha felicidade.
-Então você só encontra felicidade em seus sonhos.
-Então essa não é a realidade, apenas um mundo vazio.
-Sim. É só um sonho.
-Então eu não existo aqui também.
-Você recriou seu próprio mundo baseado na realidade.
-Por que não posso ter meu sonho sozinho?
-Isso não é um sonho. Apenas uma substituição da realidade.
-Então onde está meu sonho?
-É uma continuação da realidade.
-E onde está minha realidade?
-Está onde o sonho acaba.

E o último capítulo será:
Eu escrevo pecados, não tragédias
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